terça-feira, 15 de maio de 2012

Polônia pode vetar decisão climática da União Europeia, dizem fontes


Polônia está pronta para vetar nesta sexta-feira (9) um mapa do caminho da União Europeia para 2050 que estabelece metas de redução de emissões para além de 2020, assim como outro documento que detalha a posição do bloco nas negociações globais para um acordo climático, disseram duas fontes do governo polonês nesta semana.
Os ministros do Meio Ambiente do bloco formado por 27 nações vão se reunir em Bruxelas, na Bélgica, com o objetivo de aprovar o mapa do caminho para 2050, já vetado pelo governo polonês uma vez, e avançar rumo a uma posição conjunta nas negociações globais.
"Tecnicamente, está resolvido que haverá dois vetos", disse uma fonte sênior do governo sob a condição de anonimato.
"Não podemos concordar com nada que direta ou indiretamente permita o estabelecimento de metas mais altas para a redução das emissões no futuro próximo", acrescentou outra fonte do governo.
Redução de emissões, causada pela crise econômica, ficou abaixo do que se esperava (Foto: reprodução)Emissões de indústrias em Poznan, na Polônia.
(Foto: reprodução)
Carvão é principal matriz energética
A Polônia, que depende do carvão para obter mais de 90% de suas necessidades de eletricidade, tem se oposto duramente às políticas para o clima da UE desde que se uniu ao bloco em 2004. O governo diz que não há pesquisa nem dados o bastante que justifiquem mais mudanças na agenda sobre o clima.
"Se for para ficarmos sozinhos nisso, assim será. Mas há chance de não estarmos", disse a primeira fonte, referindo-se às conversações de Varsóvia com seus pares regionais para evitar que a UE aceite metas climáticas mais ambiciosas.
O governo de centro da Polônia diz que não concordará com as metas previstas no mapa do caminho para a redução das emissões em 2030, 2040 e 2050, nem com a adoção de uma opção de intervenção no Regime de Comércio de Emissões (ETS, na sigla em inglês) para elevar os preços das licenças de poluição europeias.
"Sobre o primeiro, esses são apenas os achados da Comissão Europeia e podemos registrá-los, nada mais. Sobre o último, a Comissão admite que isso poderá elevar a meta de 2020 para 25%", acrescentou a segunda fonte.

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