O julgamento do ex-chefe
militar dos sérvios da Bósnia, Ratko Mladic, acusado pelo massacre de
Srebrenica em 1995, foi adiado 'sine die', depois que os juízes decidiram
suspender a audiência da primeira testemunha de acusação, prevista para 29 de
maio.
"A
audiência foi adiada sine die", declarou o juiz Alphons Orie durante o
segundo dia do julgamento de Mladic. "A câmara decidiu suspender o início
da apresentação dos meios de provas", disse.
O juiz,
que garantiu que o tribunal divulgará o mais rápido possível a data de retomada
do julgamento, mencionou "irregularidades" na transmissão à defesa de
documentos em posse do gabinete do promotor e afirmou que que deve permitir à
defesa uma preparação para o julgamento, que começou na quarta-feira.
A
defesa de Mladic, 70 anos, pediu na segunda-feira aos juízes o adiamento em
seis meses do julgamento por não estar preparada para a abertura. A acusação
respondeu com um documento, divulgado na quarta-feira, no qual afirmava não ser
contrária a um adiamento da apresentação dos elementos de prova.
Preso
em 26 de maio de 2011, na Sérvia, após ter escapado da justiça internacional
durante 16 anos, Mladic é acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e
crimes cometidos por suas tropas durante a guerra da Bósnia, que deixou 100 mil
mortos e 2,2 milhões de refugiados durante 1992 e 1995.
O
julgamento do ex-general começou na quarta-feira com a declaração preliminar da
acusação, que terminou nesta quinta-feira. A primeira testemunha de acusação
deveria depor em 29 de maio.
Mladic,
que se declarou culpado e pode ser condenado à prisão perpétua, é acusado, entre
outros crimes, do massacre de Srebrenica em julho de 1995, no qual mais de 8
mil homens e adolescentes muçulmanos morreram em ações das forças sérvias da
Bósnia, no pior massacre na Europa desde a Segunda Guerra
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